(Texto sem revisão! Viva a espontaneidade!)
O som dela chegando me lembrou de quando eu tinha cinco anos e de quando eu vi, pela primeira vez, o homem que mudaria minha vida para sempre. Um homem maltrapilho, com um penteado indeciso entre Bowie e Patrick Swayze, uma gravata borboleta e um suspensório ridículo, um andar tão desnorteado que parecia não saber o que era andar. Na época, ele me trouxe esperanças. Na época, ele mudou a minha opinião sobre o mundo. Eu não sabia quem eu era, nem do que eu era capaz. Quando ele veio, tudo isso mudou.
Corri em direção à música que eu conhecia tão bem, à melodia que anunciava sua chegada e o prelúdio de uma aventura. O que eu veria desta vez? Para onde o homem maltrapilho me levaria? Ou melhor… para quando?
Dobrei a esquina, uma mecha de cabelo entrando na minha boca, e então parei de correr, totalmente sem fôlego, pois em vez do homem maltrapilho… em vez da cabine telefônica azul… o que eu vi não deveria estar ali. O que eu vi não deveria nem existir.
A coisa olhou para mim. A coisa… que de alguma forma estava consciente da minha presença e me encarava através de dois botões negros costurados no lugar dos olhos. Seu rosto era um novelo de aniagem justo e os lábios linhas finas costuradas sob um triângulo vermelho pintado no lugar do nariz.
A criatura sorriu, e eu soube que havia alguma coisa errada.
Onde estava o Doctor? Onde estava a Tardis? E o que o espantalho do Mágico de Oz estava fazendo bem ali na minha frente, montado em um macaco alado?
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